sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Televisão pública, jornais privados...

Quarta-feira de manhã: dentista. Oportunidade para folhear os quatro diários generalistas gratuitos que nos oferecem em Lisboa: Destak, Global, Meia Hora e Metro. E ainda o excelente OJE, O Jornal Económico, também gratuito, mas difícil de encontrar.

Cada um destaca programas de televisão dos quatro principais canais. Nos critérios dos diversos jornalistas, são mais merecedores de recomendação. O Destak recomenda na RTP1 “Cidade sem Regresso” (01:00), “Sem Rasto” (22:45) na RTP 2, “A Lei do Mais Forte” (01:50) na SIC e “Falsas Aparências” (00:20) na TVI. O Global traz-nos uma recomendação semelhante. Varia na SIC, sugerindo “CSI” pela 01:00. Já o Metro aponta apenas um programa dos quatro canais de sinal aberto, “Falsas Aparências” às 00:20 na TVI.

A fazer fé nos jornalistas destes vários jornais, o que de mais interessante há na televisão a que todos têm acesso é transmitido em horário impraticável para a maioria dos portugueses. Esta opção é já questionável em relação aos privados. Foi-lhes atribuída licença de emissão num concurso em que se escolheram dois, em detrimento de um terceiro concorrente. Por critérios que deveriam ser orientados pela qualidade oferecida aos cidadãos. Mas que dizer da RTP, sustentada pelo erário público. O propósito da existência da RTP, sorvedouro de recursos, só pode ser o de marcar a diferença, através de um serviço público de televisão que seja referencial.

Tempos estranhos, estes que vivemos. Jornais pagos pela iniciativa privada, que nos são oferecidos na rua, orientam-nos para os programas televisivos de alguma qualidade. A RTP, paga pelo Estado Português, apresenta-nos em horário nobre esse referencial do serviço público de televisão, “O Preço Certo em Euros”…

Haja saúde, meus Amigos

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